ECMOFOBIA, porque 14 picadelas por dia deixam qualquer um ecmofóbico...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Diabetes tipo1 - o que é?

É uma doença crónica, com tratamento, mas sem cura...

É uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das células beta do pâncreas, o que resulta numa incapacidade permanente de produção de insulina - hormona indispensável à vida, já que dela depende a 'entrada' de glicose nas células, ou seja, o acesso à fonte de energia do nosso organismo (veja aqui um vídeo elucidativo). O tratamento não é o mais simpático, já que passa sempre pela injecção subcutânea de insulina.

O Pedro segue um esquema intensivo de tratamento, que consiste em múltiplas injecções diárias de insulina, cuja quantidade é calculada em função da glicémia medida antes da refeição, da contagem dos hidratos de carbono da mesma e do grau de actividade física que se prevê que desenvolva durante o tempo de acção da insulina. Embora seja um tipo de tratamento que eu, como mãe, considero bastante agressivo, tem a grande vantagem de diminuir consideravelmente o risco de complicações futuras. Tem também a grande vantagem de permitir uma maior flexibilidade tanto ao nível dos horários das refeições, como ao nível do "conteúdo" das mesmas.

O que esta doença tem de mais assustador é o risco de hipoglicémia induzido pelo tratamento. Ou seja, uma dose de insulina mal calculada por excesso (ou porque nos enganámos a contar os hidratos de carbono, ou porque o puto resolveu correr a maratona quando estávamos convencidas de que ia dormir uma boa sesta, ou por qualquer outro motivo, como diarreia, vómitos, etc.), leva a uma quebra de açúcar no sangue, que em poucos minutos se pode transformar numa tragédia - convulsões, desmaio, coma insulínico e morte. As hiploglicémias são emergências médicas, que necessitam de tratamento imediato. Se a criança ainda estiver consciente e colaborante, deve ser-lhe imediatamente dado a comer pastilhas ou sumos de glicose, ou, na falta destes, pacotes de açúcar ou refrigerantes com açúcar. Se a criança já não conseguir comer, mesmo que ainda esteja consciente, deve-lhe ser administrado glucagon (comercializada como GlucaGen) - a injecção de emergência que deve acompanhar um diabético de tipo 1 para todo o lado. A glucagon é uma hormona segregada também no pancreas, que estimula a libertação do glicogénio armazenado no fígado e a produção de glicose por outros mecanismos mais ou menos complicados, contribuindo assim para o aumento da glicémia.


Sem comentários:

Enviar um comentário