ECMOFOBIA, porque 14 picadelas por dia deixam qualquer um ecmofóbico...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Some Type 1 Diabetics Seem Shielded Against Complications

The Joslin 50-Year Medalist Study

OBJECTIVE To assess complication prevalence and identify protective factors in patients with diabetes duration of ≥50 years. Characterization of a complication-free subgroup in this cohort would suggest that some individuals are protected from diabetes complications and allow identification of endogenous protective factors.
RESEARCH DESIGN AND METHODS Cross-sectional, observational study of 351 U.S. residents who have survived with type 1 diabetes for ≥50 years (Medalists). Retinopathy, nephropathy, neuropathy, and cardiovascular disease were assessed in relation to HbA1c, lipids, and advanced glycation end products (AGEs). Retrospective chart review provided longitudinal ophthalmic data for a subgroup.
RESULTS A high proportion of Medalists remain free from proliferative diabetic retinopathy (PDR) (42.6%), nephropathy (86.9%), neuropathy (39.4%), or cardiovascular disease (51.5%). Current and longitudinal (the past 15 years) glycemic control were unrelated to complications. Subjects with high plasma carboxyethyl-lysine and pentosidine were 7.2-fold more likely to have any complication. Of Medalists without PDR, 96% with no retinopathy progression over the first 17 years of follow-up did not experience retinopathy worsening thereafter.
CONCLUSIONS The Medalist population is likely enriched for protective factors against complications. These factors might prove useful to the general population with diabetes if they can be used to induce protection against long-term complications. Specific AGE combinations were strongly associated with complications, indicating a link between AGE formation or processing with development of diabetic vasculopathy.




segunda-feira, 14 de março de 2011

Coragem...

Coragem, é o que falta no título deste blogue - também é preciso coragem para tratar um filho com diabetes tipo 1.
E é o que me tem faltado a mim...
Coragem para administrar as quantidades certas de insulina (se é que semelhante coisa existe - tenho por experiência que o que serve hoje, não é necessariamente o mais indicado para amanhã...). Continuo paralisada por este pavor das hipoglicémias... Dou sempre um bocadinho menos do que está na tabela, para não correr riscos... O problema é que nos libertamos do risco de hipoglicémia, para mergulharmos de cabeça no risco de complicações graves... Enfim, na prática, vivemos em cima de uma corda bamba e tudo se resume a cair para um dos lados a qualquer momento, ou cair para o outro daqui a uns anitos, não muitos... Resta-me esperar pela cura... esperar que venha a tempo... Até lá, espero conseguir um meio-termo...
(Hoje foi dia de consulta)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Potential anti-rejection drug for insulin cell transplantation

Potential anti-rejection drug for insulin cell transplantation

MEDIA RELEASE: 01 Mar 2011

Australian scientists have developed a reagent with the potential to prevent rejection of transplanted insulin-producing cells into people with Type 1 diabetes – one of the most promising immunology developments in recent years.
(...)
Given to diabetic mice for two weeks, starting the day before islet transplantation, the reagent allowed mice to accept the donor cells as their own – with no need for immunosuppressive drugs, and no Type 1 diabetes. Permanently.

The reagent is a cloned a cell surface receptor that mops up a harmful molecule known as IL-21, which appears to cause Type 1 diabetes. The cloned receptors compete with similar receptors on the body’s own killer immune cells, preventing them from destroying the transplant.
(...)
“In this study, we’ve shown definitively that if the body’s killer T cells don’t get IL-21, they don’t reject the islet tissue. ”
(...)
Dr Dorota Pawlak, Head of Research Development at the Juvenile Diabetes Research Foundation, said that the ability to replace insulin producing cells safely in people with Type 1 diabetes without the need for immune suppression would be a revolution for diabetes research. “This finding represents progress and it is important to acknowledge and honour advances that take us closer to finding a cure for Type 1 diabetes.”

The findings are published in the international journal Diabetes, now online.
 
Department of Immunology, Garvan Institute of Medical Research, Darlinghurst, New South Wales, Australia
Research Group: Mucosal Autoimmunity
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Hoje fazemos 2 anos de diagnóstico...

Hoje fazemos 2 anos de diagnóstico... Acho que posso dizer que estamos todos adaptados. A ansiedade persiste, mas já não nos impede de permitir que o Pedro faça parte da vida dos seus amiguinhos - participa nas visitas de estudo, vai às festas de aniversário, enfim, faz o que é normal para a idade. Quando digo todos, refiro-me ao Pedro, evidentemente e à sua equipa de cuidadores - mãe, pai e vovó Teresa. Claro que a disponibilidade e o apoio das médicas do Pedro também ajuda muito. Não imagino como seria se tivesse que suportar isto sozinha. Ainda assim, continua a não ser fácil... não me consigo libertar desta angústia, desta aversão às picadelas, desta sensação de futuro roubado... Mas já vou chorando menos - a esperança na cura e os avanços tecnológicos da medicina, nomeadamente os que dizem respeito ao tratamento das complicações desta doença, vão-me dando uma perspectiva menos negra do amanhã.
Há 2 anos, em meados de Fevereiro, o Pedro começou a perder muito peso e a beber muita água e o Google sempre a devolver "diabetes tipo 1" nas pesquisas que eu fazia... E eu a negar o óbvio - não pode ser, não há ninguém com esta doença na família (como se isso fosse relevante...)... Naquele Domingo, ao fim do dia, fazia xixi de garrafa de água na boca e durante a madrugada seguinte, começou a vomitar... Demos entrada no Hospital Pediátrico Dona Estefânia ao início da manhã. A enfermeira que fez a triagem fez-lhe imediatamente um teste à glicémia no dedito e ficámos lá. Tinha 350 mg/dl de glicose no plasma, uma cetoacidose moderada e uma otite média aguda à esquerda. Ainda sinto vertigens quando penso no turbilhão de informação que tivemos que absorver naqueles 5 dias de internamento - testes de glicémia, injecções de insulina, contagem de hidratos de carbono, cálculos de quantidades de insulina, pesquisa de corpos cetónicos na urina, procedimentos em dias de doença... Enfim, ficou a sensação avassaladora de que um pequeno erro pode acabar com as nossas vidas num instante... Valeu-nos a competência e a simpatia daqueles profissionais. Parece-me um tanto injusto referir nomes, mas recordo com especial carinho a Dra Eusébio, que nos acompanhou naquelas primeiras horas de pesadelo (com o Pedro todo entubado e completamente prostrado), com um cuidado, uma gentileza e sobretudo um respeito pelo nosso sofrimento, que, literalmente, me amparou a alma. Também recordo com muito carinho a Enf Garcez, que ainda foi o nosso socorro durante algum tempo depois da alta.
E passados 2 anos, é sobretudo a alegria de viver do meu menino que nos dá alento.