ECMOFOBIA, porque 14 picadelas por dia deixam qualquer um ecmofóbico...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Enterovírus presente no sangue de diabéticos tipo 1 | ALERT® ONLINE

Enterovírus presente no sangue de diabéticos tipo 1 | ALERT® ONLINE

Embora ainda não sejam conhecidas todas as causas que levam ao desenvolvimento de diabetes tipo 1, um estudo recente sugere a possibilidade de os enterovírus (vírus que podem provocar sintomas semelhantes aos da gripe comum) poderem desencadear a doença.
Na meta-análise, publicada no "British Medical Journal", investigadores australianos, liderados por Maria Craig, do Children's Hospital Westmead, em Sidney, Austrália, avaliaram os resultados de 24 estudos moleculares sobre enterovírus realizados em 4.448 pacientes. Nas análises realizadas foram medidos os níveis de ARN (ácido ribonucleico) e de proteína viral no sangue dos diabéticos e pré-diabéticos para compará-los depois com pacientes que não sofriam da doença. Verificaram que, de facto, as crianças com diabetes tipo 1 tinham uma probabilidade 10 vezes maior de terem uma infecção por enterovírus do que aqueles que não tinham a condição.
Os investigadores referem o facto de, recentemente, ter havido no mundo um aumento na incidência de diabetes tipo 1 em crianças, especialmente entre as menores de cinco anos, o que poderia ser em parte explicada por uma maior exposição a esses vírus.
No editorial que acompanha o artigo, o virologista Didier Hober, da Universidade de Lille, em França, refere que "o aumento da incidência de diabetes tipo 1 pode ser explicado por factores ambientais, incluindo enterovírus como o vírus Coxsackie B ". No entanto, não está claro se os enterovírus estão relacionados com todos os pacientes ou apenas com alguns. "Os enterovírus poderiam actuar como indutores da doença ou acelerar o seu desenvolvimento. Uma infecção persistente ou várias consecutivas podem ter a ver” com o aparecimento da condição.
Os especialistas concordam que existe uma relação entre os enterovírus e a diabetes tipo 1, mas permanece desconhecido o mecanismo pelo qual essa relação acontece. "Talvez os pacientes com diabetes tipo 1 sejam mais susceptíveis a serem infectados por estes enterovírus”, questionam os investigadores.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Excesso de higiene pode afectar o sistema imunitário | ALERT® ONLINE

Excesso de higiene pode afectar o sistema imunitário | ALERT® ONLINE

Os agentes anti-microbianos utilizados em muitos produtos como sabões e pasta de dentes foram relacionados com um maior risco de alergias nas crianças, sugere um estudo publicado na revista “Environmental Health Perspectives”.
 
Dados de um estudo norte-americano revelaram que crianças e adolescentes que estão muito expostas a sabões anti-bacterianos que contêm triclosan podem estar em maior risco de contrair febre dos fenos e outras alergias, sugerindo que a limpeza extrema pode tornar as pessoas mais susceptíveis a estas doenças. O estudo também verificou que a exposição a maiores níveis do químico bisfenol A (BPA) pode debilitar o sistema imunitário dos adultos.
 
O triclosan é um agente anti-microbiano que se utiliza amplamente em produtos como sabões anti-bacterianos, pasta de dentes e produtos médicos. Crê-se também que o BPA, que se utiliza no fabrico de muitos tipos de plástico e outros produtos de consumo, afecte o sistema hormonal.
 
Neste estudo, os investigadores da University of Michigan, nos EUA, analisaram os dados do inquérito do National Health and Nutrition, NHANES, de 2003 a 2006. Compararam os níveis de triclosan e BPA na urina com os níveis séricos de anticorpos produzidos contra o citomegalovirus (pertence à família do vírus do herpes) e o diagnóstico de alergias ou febre do feno em adultos e crianças com idade superior a seis anos.
 
Segundo explicou, em comunicado, a autora do estudo, Erin Rees Clayton, “os maiores de 18 anos, que tinham níveis mais elevados de exposição ao BPA, possuíam níveis mais altos do anticorpo CMV, o que sugere que o sistema imunitário não estava a funcionar de maneira adequada.”
 
Os cientistas também descobriram que as crianças e adolescentes que tinham maiores níveis de triclosan eram mais propensos a serem diagnosticados com febre do feno e outras alergias. Allison Aiello, professora associada do Michigan University, apontou o facto de o triclosan poder modificar os microrganismos, aos quais normalmente nos expomos, de tal forma que afecte o desenvolvimento do sistema imunitário das crianças.
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Hemoglobina glicada (HbA1c)


A hemoglobina glicada (HbA1c) reflecte o nível médio de glicémia das 4 a 12 semanas que antecedem a sua determinação. A monitorização da HbA1c tem mostrado ser a melhor ferramenta para a avaliação do controlo metabólico e é a única medida para a qual há dados que permitem a sua relação com complicações micro e macrovasculares tardias. O objectivo é alcançar um valor de HbA1c que permita evitar estas complicações e simultaneamente evitar as sequelas associadas a hipoglicémias severas e as alterações do sistema nervoso central associadas tanto a hipoglicémias como a hiperglicémias.

No geral é recomendada uma HbA1c inferior a 7,5% para todos os grupos etários. No entanto, para cada criança deve ser definido um valor-alvo que seja o mais próximo do normal possível, evitando hipoglicémias severas e hipoglicémias leves a moderadas muito frequentes. Isto é particularmente importante nas crianças mais novas (com menos de 6 anos), que, por um lado têm uma maior dificuldade em auto-identificar os sintomas de hipoglicémia e, por outro, têm um risco aumentado de consequências neurológicas adversas resultantes da mesma. Neste caso, será apropriado definir um valor menos exigente.

Indicadores do controlo glicémico:

NÍVEL DE CONTROLOIDEALÓPTIMOMENOS BOMALTO RISCO
(não-diabético)
Avaliação clínica
Glicémia elevadanão elevadasem sintomaspoliúria, polidipsia e enuresevisão turva, pouco ganho de peso, atraso no crescimento, atraso da puberdade, frequência escolar comprometida, infecções de pele, infecções genitais e sinais de complicações vasculares
Glicémia baixanão baixapoucas hipoglicémias leves e nenhumas  severasepisódios de hipoglicémia severa (com perda de consciência ou convulsões)
Avaliação bioquímica
Glicémia no plasma (mg/dL):

pré-prandial 65 - 10090 - 145>145>162
pós-prandial 80 - 12690 - 180180 - 250>250
ao deitar 80 - 100120 - 180<120 ou 180 - 200<80 ou >200
nocturna 65 - 10080 - 162<75 ou >162<70 ou >200
HbA1c (%)<6,05<7,57,5 - 9,0>9,0

Retirado/adaptado de:
Rewers M, Pihoker C, Dohaghue K, Hanas R, Swift P, Klingensmith GJ. ISPAD Clinical Practice Consensus Guidelines 2009 Compendium. Assessment and monitoring of glycemic control in children and adolescents with diabetes. Pediatr Diabet 2009: 10: (Suppl. 12) 71–81.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Prevalência da Diabetes tipo 1 nas Crianças e nos Jovens

Segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes de 2010 - Diabetes: Factos e Números, a Diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens em Portugal (Registo DOCE), em 2009, atingia perto de 2 600 indivíduos com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a 0,1 % da população portuguesa neste escalão etário, não tendo manifestado alterações significativas face ao ano anterior. 



2008 2009
N.º Casos Totais (0-14 anos) 1498 1559
Taxa de Prevalência da Diabetes tipo 1 (0-14 anos) 0,09% 0,10%
N.º Casos Totais (0-19 anos) 2420 2587
Taxa de Prevalência da Diabetes tipo 1 (0-19 anos) 0,11% 0,12%
  
Fonte: Registo DOCE (DGS); Tratamento OND

A incidência da Diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens tem vindo a aumentar significativamente nos últimos 10 anos em Portugal. Em 2009 foram detectados 17 novos casos de Diabetes por cada 100 000 jovens com idades compreendidas entre os 0-14 anos, perto do dobro do registado em 2000 (dinâmica semelhante à verificada no escalão etário dos 0-19 anos).